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Notícias

17/06/2015

Transformação de escolas

Comunidade cada vez mais participativa na EMEB Julio de Grammont

Comunidade cada vez mais participativa na EMEB Julio de Grammont

O projeto Comunidade de Aprendizagem está em plena implementação em onze escolas de São Bernardo do Campo, SP, através de uma parceria entre a Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo e o Instituto Natura.  

Entre estas escolas encontra-se a EMEB Julio de Grammont, que atende a alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. A escola deu início à sua transformação em setembro do ano passado, e encontra-se atualmente na fase de Planejamento.

Segundo a equipe da escola, há um grande entusiasmo com as mudanças e a comunidade, que antes participava muito pouco, está gradualmente aumentando seu interesse e atuação dentro da escola.

Fases de Transformação

Durante a Seleção de Prioridades, etapa que antecede ao Planejamento, os sonhos foram catalogados segundo o prazo (curto, médio e longo) e tipo (pedagógicos e estruturais). Caroline Takeuchi, diretora da escola, destaca o engajamento de alunos nessa etapa. “Foi muito interessante a participação de alunos, um total de sete. Participaram também uma mãe, duas professoras, três funcionários e duas membros da equipe gestora, totalizando quinze pessoas”, conta.

 Mãe e filha participam da fase de Sonhos  Alunos participam da Seleção de Prioridades, catalogando sonhos

Entre os sonhos priorizados, encontram-se:

  • Pedagógicos: show de talentos, biblioteca aberta para a comunidade, respeito mútuo entre as crianças, cursos de idiomas, informáticas, artes, esportes;
  • Estruturais: melhora do acesso para pessoas com necessidades especiais, reforma do banheiro, reparo das janelas, ambiente com almofadas e música para descansar, melhora do acervo da biblioteca, armários com chaves, música ambiente no recreio.

No início de maio, foi realizada a primeira reunião de Planejamento, na qual se formaram as duas Comissões Mistas que executarão os sonhos priorizados. Nesta etapa, a participação da comunidade aumentou, com a incorporação de cinco mães voluntárias. Além delas, fazem parte das comissões três membros da equipe gestora, duas funcionárias, uma professora e uma aluna do 2o ano do EF, somando doze pessoas.

Ficou definido que as Comissões se reunirão mensalmente e que, por terem pautas comuns, a Comissão Mista Estrutural trabalhará conjuntamente com a Associação de Pais e Mestres (APM). Para Caroline, a reunião foi muito positiva. “Conseguimos manter a pauta e o foco, as considerações foram pertinentes, e houve diálogo igualitário entre todos”, relata.

Uma das pessoas mais atuantes tem sido a oficial de escola Raquel de Souza Calvo, que cuida da biblioteca. Convidada inicialmente a pesquisar o acervo para as Tertúlias, ela se encantou com o projeto e tem participado ativamente de todas as etapas. “Acho que a proposta é muito boa”, afirma Raquel. “Ainda estamos bem no início, mas esta sendo ótimo”. Segundo Caroline, Raquel é um “ponto chave” do projeto. “Por ser da biblioteca, por atender a todas as turmas e ter contato com as mães, ela acabou abraçando a ideia, e tem sido muito importante na divulgação”, elogia.

Atuações Educativas de Êxito

Durante o Planejamento, a escola decidiu também dar início a duas Atuações Educativas de Êxito (AEE): Tertúlias Literárias Dialógicas e Grupos Interativos.

Os Grupos Interativos começaram na terceira semana de maio, em 3 turmas do 2o ano do Ensino Fundamental, trabalhando conteúdos de matemática com jogos. “Foi superbacana, as crianças estavam empolgadíssimas. Ainda precisamos ajustar a quantidade e duração de exercícios oferecida, o tamanho dos grupos, mas foi muito interessante”, diz Caroline. Para Raquel, que foi voluntária, a experiência foi “sensacional”. “Já na primeira sessão todos perceberam a diferença que faz”, afirma.  

Primeira sessão de Grupos Interativos no 2o ano do EF  Primeira sessão de Grupos Interativos no 2o ano do EF

As Tertúlias estão previstas para ter início na segunda quinzena deste mês de junho. Serão feitas com contos do livro Volta ao mundo em 52 histórias, organizado por Neil Phillip, em turmas do 3o ano do Ensino Fundamental. Cada professora escolheu um conto e foram feitas cópias, pois não há exemplares para todos, que serão distribuídas às crianças previamente. Raquel está com altas expectativas. “A Tertúlia dá a possibilidade das crianças conhecerem autores que não são conhecidos por elas. Nossa biblioteca é muito boa, tem um acervo de 4 mil livros, mas ainda é preciso incentivar melhor sua utilização”, completa.  

A escola pretende, além disso, realizar em breve Tertúlias Pedagógicas com a equipe de professores.

Mobilização da comunidade

A mobilização de voluntários ainda é um desafio para a escola. Até o momento, cinco pessoas se comprometeram a participar das AEEs, mas é preciso mais.

Para Caroline, além da mobilização em si, um dos grandes desafios é que essa participação seja mantida no tempo. “As pessoas muitas vezes se dispõem no início, mas quando o projeto de fato começa surgem compromissos, dificuldades de organização de horário. Eu acredito que esse é o grande desafio. E não só das famílias, nosso também. Mas acho que à medida que acontece, outros percebem que dá certo, que não toma tanto tempo, que tem dia e horário estipulado, e então conseguimos dar continuidade. É que é novo, tudo que é novo assusta. Mas eu acredito muito no projeto”, observa.    

Raquel conta que a comunidade não se envolvia em nada, mas sente que isso está mudando. “Na primeira reunião já saímos com coisas agendadas, datas de Grupos Interativos e Tertúlias, aí os pais vieram perguntar, demonstrar vontade de participar mais ativamente. São poucos ainda, mas já mudou a relação. Aos poucos está acontecendo”, garante.

Beatriz Siqueira, formadora do Instituto Natura que acompanha todas as escolas participantes de São Bernardo do Campo, comenta que a maioria delas aponta o envolvimento da comunidade como o grande desafio, mas destaca o engajamento das equipes escolares. “O projeto vem justamente pra melhorar e suprir essa lacuna da participação das famílias. O importante é que as escolas estão mobilizadas e muito envolvidas”, afirma. 

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